Tecnologia, 2024

O texto hoje é um pouco diferente. Às vezes, gosto de escrever sobre a tecnologia que estou a usar, só para lembrar no futuro. Talvez vos sirva também.

Cotidiano
“Desdigitalizei-me” um pouco nos últimos anos. Organizo a vida e o trabalho com uma agenda em papel e um fichário A5. Têm sido muito úteis para organizar o desenvolvimento de projetos simultâneos.

Reavivei um apreço antigo por relógios. Não smartwatches: relógios mesmo. Tenho alguns, que alterno dependendo daquilo que o dia vai pedir. Nenhum muito caro, todos muito bem escolhidos! 

Instalei todos os meus streamings na smart TV. Não uso streaming no celular ou no computador.

Trabalho
Uso impressora. Tenho consciência do desperdício, mas há sempre um momento em que preciso da cópia física para fazer anotações e comentários. 

Desde a pandemia que divido o tempo entre a casa e o escritório. Gosto disso: dependendo da fase de trabalho, é bom ter essa flexibilidade. Em geral, diria que escrevo sozinho e reviso acompanhado.

Tenho um mini PC fixo em casa e um laptop no escritório. Em ambos uso teclados mecânicos.

Tenho uma mania estranha: uso sempre o mesmo link do Google Meet para fazer os calls que organizo.

Internet
Browser: uso Brave. Tenho muito carinho pelo Firefox, mas anos de Chrome e Edge deixaram-me afeito a browsers baseados em Chromium. O Brave não é nenhum santo e sempre pede um tempo após a instalação para desativar funções desnecessárias, mas ainda é o menos chato.

Desde o escândalo da Cambridge Analytica, não uso o “Login com o Facebook” ou “com o Gmail”.

Sempre que posso, rejeito cookies e uso a Autenticação em Dois Fatores.

Depois de muitos anos usando o Blogger, fiz este site com o Hugo.

Redes sociais
Desautorizei o Facebook de seguir a minha atividade fora do Meta. Sabiam que é possível fazer isso? Façam também.

Praticamente saí do X. Quase não entro no Instagram. Não tenho apps de redes sociais no celular.

Celular
(Deveria escrever “telemóvel”? Bem, os meus foram comprados no Brasil, então vão ser “celular”)

Tenho dois celulares, ambos Android. O dos apps mais delicados (financeiros, burocráticos) fica em casa.

Não pago com NFC. Chamem-me antiquado, mas desconfio muito.

Cansei-me de andar com o celular no bolso. Durante caminhadas, escuto música e podcasts num leitor de mp3 que já tem quase 20 anos.

Programas variados
Deixei o Microsoft Office. Nos últimos meses, tenho só usado o LibreOffice e o Google Docs e, sinceramente, ainda não passei por nenhuma situação que me faça sentir a falta do Word ou do Excel.

Para abrir PDF’s, uso o Sumatra PDF. Às vezes abro no Microsoft Edge por causa da funcionalidade de Leitura em Voz Alta, não por problemas de visão, mas por ser muito prática para rever textos.

Há anos que utilizo o site AlternativeTo para descobrir novos programas, normalmente de código aberto.

Para fazer anotações, rascunhos e organizar pesquisas, uso o Joplin, sincronizado através do Dropbox. Tentei o Logseq e o Obsidian, mas não me adaptei.

Ano passado, descobri um site (um serviço?, um app? um coiso?) chamado Omnivore. Serve para seguir feeds RSS, receber newsletters, guardar links interessantes, sublinhar e anotar artigos. Imediatamente substituiu outros dois ou três programas que eu usava.

Comecei a usar Zotero nos últimos meses, para organizar uma pesquisa. Recomendo a toda a gente que precisa trabalhar com muitas citações e comentários.